segunda-feira, 24 de junho de 2013

                      Esperanças e incertezas de uma nação recém acordada


    O que dizer dessas pessoas que insistem em usar a violência como a única forma de manifestação.
    Na minha opinião pessoal; são criminosos comuns e, devem ser tratados como tal.
    Mas; eles também são vitimas.
    Vitimas de uma desigualdade hereditária que vem vem negando o direito à habitação; educação; saúde, e por muitas vezes à alimentação às famílias menos abastadas. Gerando uma progressão de famílias desestruturadas, que não que não sabem e nem tem condições de educar e impor limites aos seus filhos já que muitos não receberam de seus próprios pais.
    Vítimas de um sistema educacional falho que a muito tempo perdeu a autoridade de ensinar noções básica de cidadania, respeito ao próximo, civilidade a seus alunos, e que vem formando um número enorme  de universitários semi analfabetos incapazes de  escrever um simples cartaz sem erros.
    Vítimas de um sistema de governo que prefere a memória com valor histórico do que a VERDADE com justiça,  que teme a diversidade e prefere a minoria onde poucos distribuem o poder, que tem pavor a mudanças deixando o povo nas trevas da injustiça e a mercê de um sistema legal cheio de brechas que só beneficiam a eles mesmos.
    Vítimas de um sistema de saúde que é incapaz de ser preventiva e se tornou apenas paliativa, levando milhares de pessoas à filas intermináveis nos postos de saúde em busca da esperada cura.
Sim precisamos de de cura desesperadamente, mas a cura da estupidez, da hipocrisia, da intolerância, e muitas outras curas. Quem sabe assim nossos representantes recuperem o juízo e parem de perder tempo com futilidades e comece a a se preocupar com o que realmente importa ao povo.
    Povo esse que após um porre de consciência civil em 1992 adormeceu e após 21 anos "Deitado eternamente em berço esplêndido" acordou esbravejando irado ao descobrir que deixou as raposas tomando conta do galinheiro.
    Não basta acordar, é preciso nos manter despertos e nos lembrarmos que nós elegemos as raposas ; o momento de irmos às ruas realmente é esse , mas não para espantar momentaneamente as raposas e sim para banir de vez os maus governantes e os maus administradores do dinheiro público.
    É a hora de irmos às ruas não para remendarmos as cercas e sim para realizarmos mudanças profundas nesse pais, criarmos bases e estruturas solidas para que as próximas gerações sejam muito melhores do que a nossa e tenham transporte, saúde educação e justiça digna do pais que somos e queremos ser.
    Por isso antes de ir à rua tomem um café bem forte e exijam mudanças verdadeiras, pois basta um cochilo para deixarmos de ser uma grande nação e voltarmos a ser um grande galinheiro com as portas abertas e raposas gordas.

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